sábado, 16 de outubro de 2010

Inclusão digital em espaços formais e não formais de educação

A Inclusão Digital Fora da Escola

A Inclusão Digital fora da escola é necessária, primariamente, para aqueles que continuam excluídos da tecnologia digital apesar de já terem passado da idade escolar. Neste caso, o processo de inclusão precisará ser feito nos chamados tele-centros comunitários ou em alguma instituição equivalente - que pode até mesmo ser os laboratórios de informática de escolas em seus períodos de ociosidade (fim de semana ou à noite, no caso de escolas que não funcionem com seus cursos regulares nesse turno).
Para se instalar um tele-centro (ou equivalente) são necessários os mesmos componentes já caracterizados:
- Equipamentos (hardware, software, conexão com a Internet) capazes de prover acesso à tecnologia digital por parte daqueles que não possuem acesso a ela em casa ou no trabalho
- Recursos humanos e materiais (inclusive material didático) que permitam oferecer treinamento no manejo técnico dessa tecnologia (Windows, Office, Internet - ou softwares equivalentes)
- Recursos humanos e materiais (inclusive material didático) que permitam oferecer capacitação na integração dessa tecnologia aos afazeres diários dos participantes, ajudando-os, assim, a usar a tecnologia para desenvolver competências que resultem na melhoria da qualidade de sua vida
Desses três componentes, o último certamente é o mais difícil, porque os participantes vão fatalmente possuir interesses, talentos e qualificações bastante diferenciados.
Os participantes em um programa de Inclusão Digital extra-escolar sem dúvida precisam aprender a usar Word, Excel, PowerPoint e (talvez) Access - ferramentas da Microsoft hoje utilizadas de forma generalizada no mercado (ou, naturalmente, softwares equivalentes). Mas eles precisam também aprender o que é que podem fazer, com Word, Excel, e PowerPoint para construir competências que possam se traduzir na melhoria da qualidade de sua vida.
O desafio maior não é conseguir que os participantes venham a digitar em Word um texto que lhes é previamente fornecido pela apostila: é que, usando Word, aprendam a escrever uma carta, a redigir um currículo, a fazer uma proposta de trabalho.
O desafio maior não é conseguir que venham a introduzir fórmulas em Excel que façam com que o programa some automaticamente uma coluna de números: é que aprendam para que servem planilhas eletrônicas, como Excel pode ser usado para planejar e controlar finanças ou estoques, para acompanhar fluxo de caixa, para estabelecer preços.
O desafio maior não é conseguir que venham a elaborar alguns slides em PowerPoint: é que aprendam a falar em público (pelo menos em seus rudimentos) com a ajuda de PowerPoint.
Por aí se vê, portanto, que a Inclusão Digital, mesmo quando tem lugar fora da escola, não pode prescindir de um forte e indispensável componente educacional.

A Inclusão Digital Dentro da Escola

Numa sociedade como a brasileira, em que mais de 95%; da população em idade escolar está, hoje, pelo que consta e em princípio, na escola, é de esperar que a Inclusão Digital se faça predominantemente dentro da escola e através dela - e que, portanto, com o tempo, os programas de Inclusão Digital extra-escolares se tornem virtualmente desnecessários.
Há várias vantagens em se concentrar o trabalho de Inclusão Digital na escola, evitando que quem conclua a sua escolaridade básica seja ainda considerado digitalmente excluído. Eis duas das principais:
- A maior parte das escolas hoje já fornece a seus alunos acesso à tecnologia digital, pois possui computadores, softwares e acesso à Internet - o primeiro componente da Inclusão Digital estando, portanto, atendido nelas (embora o tempo de acesso à tecnologia pelos alunos seja terrivelmente restringido pela razão número de alunos / número de máquinas disponíveis, que precisa claramente ser melhorada - isto é, diminuída).
- Para crianças e adolescentes nem é preciso dar muita ênfase ao segundo componente da Inclusão Digital, a capacitação no manejo técnico da tecnologia, pois eles têm notória facilidade para aprender a manejar a tecnologia sem necessidade de ensino formal, sendo, portanto, possível concentrar a atenção no terceiro componente, muito mais importante.
Assim sendo, a escola pode concentrar seu esforço naquilo que realmente importa na Inclusão Digital, a saber: capacitar seus alunos para integrar a tecnologia na sua vida e nos seus afazeres, desenvolvendo, com a ajuda da tecnologia, as competências necessárias para melhorar a qualidade de sua vida. (Registre-se que o uso da tecnologia para melhorar a "empregabilidade" dos alunos é apenas uma das muitas maneiras em que a tecnologia pode ajuda-los a melhorar a qualidade de sua vida).
Mas essa já é, na verdade, a função da escola! Nela (corretamente entendida) o principal afazer do aluno é se desenvolver como ser humano, aprendendo a traduzir seus potenciais em competências que lhe permitam definir seu projeto de vida e transformá-lo em realidade. Enfim, na escola o principal afazer do aluno é aprender o que é necessário aprender para que ele "dê certo na vida", isto é, seja capaz de viver a vida que escolher para si mesmo.
Logo, qualquer programa de Inclusão Digital através da escola deve explorar as formas em que a tecnologia pode ajudar os alunos a aprender melhor - aprender, no caso, sendo entendido como se tornar capaz de fazer aquilo que, antes, não se era capaz de fazer, e pressupondo-se que, dado o tempo relativamente exíguo que a criança e o adolescente brasileiro passam na escola, que se dará foco aos aprenderes realmente importantes para a vida.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Inclusão Digital

Muito se fala sobre inclusão digital, mas e você visitante, sabe o que significa este termo?



Inclusão digital é a democratização do acesso às tecnologias da informação, de forma a permitir a inserção de todos na sociedade da informação. Esse assunto tem sido muito repercutido no Brasil pelas dificuldades encontradas para sua implantação, afinal incluir uma pessoa digitalmente não apenas "alfabetizá-la" em informática, mas sim fazer com que o conhecimento adquirido por ela sobre a informática seja útil para melhorar seu quadro social. Somente colocar um computador na mão das pessoas ou vendê–lo a um preço menor não é, definitivamente, inclusão digital.
 Segue abaixo o link para um vídeo onde pessoas comuns definem essa expressão que de tanto ser falada já se tornou um jargão. Vale a pena conferir.


O Governo brasileiro executa e apóia ações de inclusão por meio de diversos programas e órgãos. Saiba quais são eles acessando o site http://www.inclusaodigital.gov.br/outros-programas

FONTE: http://www.wikipedia.com.br/ e http://www.caminhoinclusaodigital.wikidot.com/

Projeto Tecnologia para Educar e Conhecer

INTRODUÇÃO
Os avanços tecnológicos caracterizam as diversas mudanças do mundo atual. O cotidiano das pessoas foi profundamente transformado pelas redes eletrônicas, a utilização cada vez mais urgente e necessária da tecnologia fez com os hábitos e costumes fossem adaptados a essa nova realidade. As mudanças podem ser percebidas em todos os âmbitos da sociedade e estão colaborando para a transformação do mundo em que vivemos. Estamos cada dia mais “conectados” a essa rede: O telefone celular vem dando-nos uma mobilidade inimaginável através de conexões às redes sociais, e-mails, TV, rádio, tudo junto num único pacote.  Terminais eletrônicos podem realizar múltiplas tarefas para não precisarmos ser obrigados a sair várias vezes de casa. A internet possibilita estar conectado ao mundo inteiro, fazer cursos a distancia, videoconferências, ter acesso a grandes centros, a grandes bibliotecas, a reencontrar pessoas, trabalhar com pessoas que não estão na mesma localidade. A forma de comunicação também se alterou, tornou-se mais sensorial: sons, imagens, ícones, textos. Além de alterar o conceito de tempo e espaço, pois temos a sensação de estarmos à mercê da velocidade da informação o tempo todo, as novas tecnologias transformam, a cada experiência nova, a maneira de lidarmos com a realidade. O computador tem uma grande responsabilidade sobre isso, quando se tornou simultaneamente um instrumento de trabalho, de comunicação e de lazer.

JUSTIFICATIVA
As tecnologias permitem um encantamento a todos que a utilizam percebendo suas funcionalidades e seu imenso leque de possibilidades.  Na escola não é diferente, as tecnologias trazem um novo encantamento a aprendizagem, possibilitando que alunos conversem e pesquisem com outros alunos da mesma cidade, país ou do exterior, no seu próprio ritmo. O mesmo acontece com os professores. Os trabalhos de pesquisa podem ser compartilhados por outros alunos e divulgados instantaneamente na rede para quem quiser. Alunos e professores encontram inúmeras bibliotecas eletrônicas, revistas on line, com muitos textos, imagens e sons, que facilitam a tarefa de preparar as aulas, fazer trabalhos de pesquisa e ter materiais atraentes para apresentação.
Infelizmente essa não é uma realidade latente nas escolas públicas do Brasil, em muitas cidades do interior e áreas de vulnerabilidade social, a infra-estrutura das escolas é ainda muito precária para abrigar a nova mídia em condições mínimas. O desafio da inclusão digital nessas escolas está tanto para alunos, como para professores. Segundo pesquisa da Unesco (UNESCO, 2004),  o número de docentes que não possuem acesso digital é muito elevado: quase 90% nunca participavam de lista de discussão através do correio eletrônico, quase 60% nunca usavam correio  eletrônico, perto de 60% nunca navegavam na internet, por volta de 54% nunca se divertiam com seu computador.

Desta forma, o presente projeto Tecnologia para Educar e Conhecer pretende em um primeiro momento oferecer uma (trans)formação do educador a partir de sua capacitação para a utilização didática dos recursos que provém da Tecnologia educacional. Além disso, acreditamos que ao desenvolver habilidades digitais de manejo próprio, ou seja, permitir que o professor saiba, de forma autônoma, utilizar as novas mídias socialmente ele poderá ter mais segurança para criar estratégias pedagógicas junto aos alunos.

OBJETIVO E PÚBLICO ALVO
 Este projeto tem como objetivo principal a criação de um programa para inclusão digital que ofereça, num primeiro momento, o desenvolvimento de habilidades digitais para uso proficiente do computador. E de forma efetiva, um programa que dê a acesso aos recursos das TIC’s, através de cursos, dinâmicas e capacitações para toda a comunidade.
Escolas inseridas em áreas de vulnerabilidade social, baixo IDEB, que apresentem dificuldades na utilização do laboratório, com objetivo didático, pelos professores e alunos.
As escolas inseridas no Programa Escola Aberta - Governo Federal. (Veja abaixo algumas informações sobre este Programa).

Quer saber mais sobre o Programa Escola Aberta e outras ações do Ministéro da Educação?
Clique aqui:

Como funciona o Programa Escola Aberta em Ribeirão das Neves - Minas Gerais

O Programa Escola Aberta é uma parceria entre MEC, UNESCO e Prefeitura de Ribeirão das Neves. Foi implantado no município em outubro de 2005, em sete escolas municipais. O objetivo principal é atender jovens de 16 a 24 anos, que estão em situação de risco e vulnerabilidade social, promovendo uma "cultura de paz". Este ainda proporciona aproximação da comunidade escolar, abrindo espaços de lazer, entretenimento e promoção social para as famílias, os alunos e demais componentes da comunidade escolar. São desenvolvidas oficinas de interesse da comunidade com atividades esportivas, culturais e de formação inicial para o trabalho.
Em Ribeirão das Neves, o Programa atinge um público aproximado de 10.000 pessoas por mês. Um dos indicadores mais significativos desde a implantação do programa no município foi a redução da criminalidade nas regiões onde estão as escolas participantes do programa.
Saiba mais sobre o projeto em Ribeirão das Neves em:


ESTRATÉGIA

Ao implantar o Projeto Tecnologia para Educar e Conhecer nas escolas que participam do Programa Escola Aberta - parceria entre o Ministério da Educação e secretarias estaduais e municipais de educação - pretendemos proporcionar oficinas no laboratório de informática a toda a comunidade. O projeto pretende utilizar  voluntários da própria comunidade para ministrar essas oficinas.

Na perspectiva do Programa Escola Aberta, que busca repensar a instituição escolar como espaço alternativo para o desenvolvimento de atividades de formação, cultura, esporte e lazer para os alunos da educação básica das escolas públicas e suas comunidades nos finais de semana. O Projeto Tecnologia para Educar e Conhecer, também tem a intenção é estreitar as relações entre escola e comunidade, contribuir com a consolidação do uso da tecnologia de forma consciente e com o enfoque para o uso social.


PLANO DE TRABALHO

1. Formação dos professores;
2. Seleção e capacitação dos voluntários para oficinas;
3. Oficinas para a comunidade


1. Formação dos Professores:
  • Essa etapa será ofertada e definida junto à equipe pedagógica e os dirigentes da escola.
  • Após o conhecimento da proposta pedagógica, dos projetos já existentes e das necessidades apresentadas pelos professores, as atividades a serem ministradas na formação serão definidas e selecionadas. É importante ressaltar que as atividades não se resumem em aulas de informática, o professor aprende a manusear os recursos e ferramentas ao elaborar as atividades para os alunos. Ou seja, a formação estará voltada para o uso didático e social dos recursos computacionais.
 2. Seleção e capacitação dos voluntários para as oficinas:
  • Após a capacitação dos professores, o projeto será ofertado para toda a comunidade. Voluntários serão selecionados para ministrarem as oficinas.
  • Eles serão capacitados de acordo com as oficinas que serão ministradas. Os voluntários, preferencialmente, serão pessoas da própria comunidade ou alunos do Ensino Médio da própria escola.
3. Oficinas para a Comunidade:
  • As oficinas serão ofertadas a partir de uma pesquisa sobre as áreas de maior interesse e necessidade da comunidade. As inscrições poderão ser feitas de acordo com o interesse de cada um.
  • Uma oficina especializada será ofertada para pessoas da terceira idade.
  • Pensando na utilização do computador como fonte de inserção social, teremos momentos para a navegação livre na internet, realização de trabalhos e pesquisas escolares e principalmente para soluções de utilidade pública, como: acesso a cartórios e a receita federal para retirada de certidões, consulta a órgãos públicos, informações sobre concursos e impressão de editais, etc.



Pierre Lévy é um filósofo da informação que se ocupa em estudar as interações entre a Internet e a sociedade.


Neste trexo de vídeo Pierre Lévy discute as tecnologias no ambiente escolar e a formação dos professores para seu uso.

Currículo x Tecnologia


O principal objetivo, defendido hoje, ao adaptar a Informática ao currículo escolar, está na utilização do computador como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados, além da função de preparar os alunos para uma sociedade informatizada.
Entretanto esse assunto é polêmico. No começo, quando as escolas começaram a introduzir a Informática no ensino, percebeu-se, pela pouca experiência com essa tecnologia, um processo um pouco caótico. Muitas escolas introduziram em seu currículo o ensino da Informática com o pretexto da modernidade. Mas o que fazer nessa aula? E quem poderia dar essas aulas? A princípio, contrataram técnicos que tinham como missão ensinar Informática. No entanto, eram aulas descontextualizadas, com quase nenhum vínculo com as disciplinas, cujos objetivos principais eram o contato com a nova tecnologia e oferecer a formação tecnológica necessária para o futuro profissional na sociedade. 
          Com o passar do tempo, algumas escolas, percebendo o potencial dessa ferramenta introduziram a Informática educativa, que, além de promover o contato com o computador, tinha como objetivo a utilização dessa ferramenta como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados.

          Entretanto esse apoio continuava vinculado a uma disciplina de Informática, que tinha a função de oferecer os recursos necessários para que os alunos apresentassem o conteúdo de outras disciplinas.
          Vivemos em um mundo tecnológico, onde a Informática é uma das peças principais. Conceber a Informática como apenas uma ferramenta é ignorar sua atuação em nossas vidas. E o que se percebe?! Percebe-se que a maioria das escolas ignora essa tendência tecnológica, do qual fazemos parte; e em vez de levarem a Informática para toda a escola, colocam-na circunscrita em uma sala, presa em um horário fixo e sob a responsabilidade de um único professor. Cerceiam assim, todo o processo de desenvolvimento da escola como um todo e perdem a oportunidade de fortalecer o processo pedagógico.
A globalização impõe exigência de um conhecimento holístico da realidade. E quando colocamos a Informática como disciplina, fragmentamos o conhecimento e delimitamos fronteiras, tanto de conteúdo como de prática. Segundo: GALLO- (1994) “A organização curricular das disciplinas coloca-as como realidades estanques, sem interconexão alguma, dificultando para os alunos a compreensão do conhecimento como um todo integrado, a construção de uma cosmovisão abrangente que lhes permita uma percepção totalizante da realidade.”
Dentro do contexto, qual seria a função da Informática? Não seria de promover a interdisciplinaridade ou, até mesmo, a transdisciplinaridade na escola?!
De acordo com LEVY (1994), " novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das comunicações e da Informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são capturados por uma Informática cada vez mais avançada.

Fonte: http://www.clubedoprofessor.com.br/artigos/artigojunio.htm
Texto: Prof. José Junio Lopes

Segue abaixo o link para um vídeo  em que o Prof. Dr. Fernando Almeida, doutor em filosofia da PUC de São Paulo, responde a pergunta 'Ter computador é suficiente para a inclusão digital?"

           Ter computador é suficiente para a inclusão digital?



Escola Plugada

Dicas para montar um laboratório de informática na sua escola e fazer os alunos aproveitarem o melhor dele.

O passo-a-passo para incluir a tecnologia na vida escolar.

- Conheça a cultura televisivo-digital de seus alunos: o que eles gostam de ver na TV e usar na internet, como jogos e comunidades.

- Faça um debate com os que já utilizam canais de comunicação, como o MSN: discuta as palavras que eles usam para se comunicar e compare com a linguagem culta.

- Promova dias ou momentos de jogos coletivos na internet. Utilize os que provocam a interação, envolvem conhecimentos gerais e específicos de disciplinas da escola (Matemática, História) e estimulam estratégias, desafios e raciocínio lógico.

- Crie uma comunidade da escola no Orkut, com a participação dos estudantes e autorização da direção. O debate em torno da criação da comunidade, de seus objetivos e regras pode enriquecer o aprendizado. Lembre que essa iniciativa envolve riscos e responsabilidades, pois trata-se de um espaço livre, onde qualquer um pode entrar e escrever o que quiser. Deixe claro que, assim como na vida real, na virtual também não podemos ofender, caluniar ou injuriar ninguém.

- Estimule a troca de opiniões por meio de outras ferramentas, como os blogs.

- Identifique os alunos que participarão do projeto, suas habilidades e potenciais. A escolha pode ser feita também por questionário aos interessados. Deixe claro que será uma tarefa voluntária e que o maior ganho será o conhecimento.

- Não deixe de fora os que têm dificuldades de aprendizagem ou que “dão trabalho”em sala de aula. A responsabilidade e a valorização podem ajudá-los a mudar.

- Após o período de formação, organize o trabalho, com datas e horários, e defina compromissos e regras. Tudo que for combinado deve ser escrito e repassado aos pais, para que eles autorizem os filhos a ficar na escola em horário extra-aulas.

- Providencie camisetas de monitor ou certificados de participação que comprovem a condição de voluntário no laboratório de informática.

- Oriente os monitores a pesquisar na internet e deixe-os à vontade para trazer contribuições ao laboratório. Reserve um horário livre para que explorem softwares e a internet.

- Apresente-os à comunidade escolar, deixando clara sua importância e os objetivos do projeto.

- Entreviste os voluntários de tempos em tempos: o que aprenderam? Quais foram os maiores desafios? O que sugerem para o futuro?

- Vale destacar que os monitores não substituem professores nem técnicos.

Fonte: Nova Escola - 21/11/2008 - 16:33
Texto: Débora Menezes e Cynthia Costa

Internet no dia-a-dia da escola

Computadores estão cada vez mais incorporados na rotina das escolas, convidando os professores a repensar suas práticas. Conheça experiências reais que vão dos primeiros passos até os vôos mais altos no mundo digital.

Informática nas escolas: dos sites de busca a programas complexos

Há uma década, computador em escola brasileira era, quando muito, privilégio de elite. Seu uso praticamente se restringia a processar textos, e a internet ainda tinha gosto de novidade. Hoje, esses recursos são os mais básicos de uma enorme gama de opções. Mais cedo ou mais tarde, contudo, eles estarão em toda a rede de ensino.

Fazer parte dos novos tempos não depende apenas de equipamentos modernos. A interação que eles permitem pede uma revisão dos métodos tradicionais de ensino. Quanto mais se mantiverem os hábitos que relegam o aluno a um papel meramente receptor, menos diferença a tecnologia fará no aprendizado. Em muitas escolas, os computadores ficam, durante a maior parte do tempo, confinados a salas que só se abrem para aulas de informática, sem se incorporar ao projeto pedagógico. É como deixar trancados os livros da biblioteca ou limitar seu uso ao processo estrito de alfabetização.

Em geral, crianças e jovens sabem aproveitar por conta própria as oportunidades oferecidas pelo mundo digital, ainda que – claro – com propósitos recreativos. Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil, a maioria de usuários da rede no país é jovem. Alguns professores ficam constrangidos diante dessa desenvoltura, mas não há razão para isso. “O que o estudante quer é ser orientado e ouvido, e não provar que entende mais de computador”, diz Léa Fagundes, do Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O papel do professor, portanto, é dar um sentido ao uso da tecnologia, produzir conhecimento com base em um labirinto de possibilidades. “O computador trouxe novas situações de aprendizagem que o professor deve gerenciar”, diz Silvia Fichmann, daEscola do Futuro da Universidade de São Paulo. É possível, por exemplo, estimular o raciocínio lógico com jogos virtuais. Ou criar páginas na internet para a garotada publicar seus textos.

Nesta reportagem, você vai conhecer experiências de inclusão digital nas escolas, em três estágios de complexidade. Identifique-se, inspire-se e inclua-se!


1) No nível inicial, alunos e professores exploram aos poucos os recursos das máquinas, por meio de jogos e produção de textos e desenhos, além de pesquisas em sites de busca.

2) No nível intermediário, usam-se ferramentas da internet para fazer programas de rádio ou comunicar-se com outras escolas.

3) No nível avançado, a turma constrói produtos com a ajuda de instrumentos como o kit para robótica ou o software para CDs multimídia. 

Fonte: Revista Nova Escola - 21/11/2008 15:58
Texto: Débora Menezes e Cynthia Costa (edição)